20 de out. de 2010

Baruque


Localização na Bíblia: Acrescentado após o livro de Lamentações.

Data Provável de sua Publicação: 100 a.D. Apresenta-se como sendo escrito por Baruque, o cronista do profeta Jeremias, mas estudos indicam que a data é muito posterior (segunda destruição de Jerusalém, no pós-Cristo), deixando duvidosa a informação.

Resumo: A obra tem por objetivo mostrar como era a vida religiosa dos israelitas, seus cultos e seus sentimentos após a ruína de Jerusalém e a perda de quase todas as suas instituições.


Heresias do Livro de Baruque:


* Ensina a intercessão pelos mortos

"Senhor, todo-poderoso, Deus de Israel, escutai a prece dos mortos de Israel, dos filhos daqueles que pecaram contra vós, que não atenderam à voz do Senhor, seu Deus, e por isso foram levados à desgraça". Baruque 3:4.

Contradição com os livros canônicos: A prática da oração pelos mortos, que teve início no terceiro ou quarto século, relaciona-se com outra prática, que é a do culto aos santos, bem como com a doutrina do purgatório. A reza em favor dos mortos pressupõe a crença de que o seu estado ainda não é final, e por isso pode ser alterado mediante as súplicas a seu favor.

Mas segundo o contexto geral das Escrituras, não há nenhuma alteração no estado ou no caráter da pessoa depois de sua morte ou qualquer mudança de destino poderá ocorrer depois dela. Observe:

1. “Importa que todos compareçamos perante o Tribunal de Cristo, para recebermos tudo o que tivermos feito por meio do corpo, ou bem ou mal”. 2 Co 5:10.

O texto indica que não há o que possa apagar o que já está feito, a não ser o precioso sangue de Cristo, mediante o exclusivo arrependimento do pecador.
Jesus ainda disse: “se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis”. Lc. 13:3.


2. “Se andarmos na luz, como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, Seu Filho, nos purifica de todo pecado”. 1 Jo 1:7.

Esse texto sagrado diz que o sangue de Jesus purifica de todo pecado aquele que andar na luz e não aquele que recebeu intercessão em seu favor após sua morte. Depois de morto, o homem responderá diante de Deus por tudo o que tenha feito, ou bem ou mal, e não serão as rezas ou missas que irão alterar o que já foi feito durante o decorrer de sua vida.

Observemos ainda:

3. Ilustração dada por Jesus a respeito da morte:

"Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.
Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele;
E desejava alimentar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas.
E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.
E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio.
E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado.
E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá.
E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai
Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.
Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os profetas; ouçam-nos.
E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam.
Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite".
Lc 16:19-31.

Essa passagem das Escrituras nos mostra, também de modo claro, que só existem dois lugares e dois destinos, que são determinados e estabelecidos enquanto estivermos vivendo nesta vida, e jamais serão alterados depois da morte. Segue-se, portanto, que não serão rezas, penitências, velas, missas, oferendas e sacrifícios nossos que poderão mudar o estado de coisas já registrado diante de Deus.

Encontrei explicações bem claras a respeito dessa passagem no site da Comunidade Batista Betel, que apontou o livro do Pastor Enéas Tognini, “Hora da Oportunidade”. Acompanhemos:

O texto aponta dois homens: um rico e um mendigo; um em gozo e fartura e outro em sofrimento e penúria. Ambos, porém, morreram. Foram sepultados. Quando morreram, Lázaro foi para o céu e o rico para inferno. Lázaro no gozo e o rico em tormento.

O rico suplica ao pai Abraão (Deus) que Lázaro molhe a ponta do dedo e lhe refresque a língua, pois está atormentado nas chamas. Deus lhe respondeu que isso não era possível, pois havia um grande abismo entre os dois, de maneira que os que quisessem passar do céu para o inferno não poderiam, nem os do inferno para o céu.

O rico então implorou a Deus que mandasse Lázaro à casa de seus familiares para contar como era o inferno, para que eles não fossem para lá. Mas Deus falou que isso era impossível, e que eles tinham as palavras de Moisés e dos profetas (Bíblia) para conhecer os dois lugares e como ir para um e para o outro.

Mas o rico insistiu alegando que se seus familiares vissem a Lázaro ressurreto dentre os mortos, se arrependeriam. E Deus encerra falando que se eles não davam crédito às palavras de Moisés e dos profetas (Bíblia) também não se deixariam persuadir ainda que alguém ressuscitasse dentre os mortos".

Pontos que podemos observar com esse texto:

a. A salvação da alma só é possível nesta vida e somente aqui.
b. Depois da morte não há salvação; se houvesse, Deus teria atendido o rico.
c. Lázaro foi para o céu, não por ser pobre, pois pobreza não leva ninguém para o céu. Foi para o céu por ter Cristo no coração. O rico foi para o inferno, não por ser rico, mas por não ter Cristo no coração.
d. Somente há dois lugares na eternidade: céu e inferno. Se há apenas dois lugares, segue-se que não há purgatório e nem reencarnação.
e. Ao deixar este mundo, cada um seguirá seu destino, já traçado nesta vida.
f. Jesus e as Escrituras dizem que existem dois lugares distintos, o paraíso e o inferno.
g. Do céu ninguém volta à terra e nem do inferno; também do céu ninguém passará para o inferno e nem do inferno para o céu.
h. Céu e inferno são eternos.
i. A Bíblia ensina o caminho para o céu.

Vemos enfaticamente nessa parte da Escritura que os mortos não podem voltar a este mundo, quer como guias, para atender às invocações do espiritismo, quer como santos, para atender às súplicas do clero e do povo por ele conduzido.

Observo também que, muito sabiamente Jesus falou que as pessoas não acreditariam se alguém ressuscitasse dentre os mortos para as avisar. Ele provou isso quando se entregou na cruz do calvário para salvar a humanidade.
Mesmo com o Seu sacrifício e vitória, as pessoas não acreditam na Bíblia e continuam perecendo sem entregar suas vidas à Ele.

Encerro esse estudo com as palavras do nosso Deus para sua meditação:

“Mas Deus lhe disse: Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?”. Lc. 12:20.


FONTES CONSULTADAS:

http://www.icp.com.br/41materia2.asp
http://www.vivos.com.br
http://www.estudosgospel.com.br
http://www.bibliacatolica.com.br
http://www.presbiterianaserranegra.com.br/materia.asp?MatId=48
http://www.combetel.com/2007/noticias.php?id=83
Apostila Livros Apócrifos do site Discipulados sem fronteiras

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