23 de fev. de 2012

Yoga: A religião que se infiltra disfarçada de ciência

Texto reduzido de Dave Hunt

A base da técnica de yoga, segundo Yogi Bhajan, considerado um mestre de Tantra Yoga Branco e conhecido professor dessa técnica, era o mantra “Sa-Ta-Na-Ma”, repetido de forma precisa durante a prática diária da yoga.

Bhajan dizia que, “aplicando essa técnica, você pode conhecer o Desconhecido e ver o Invisível. Se você passar duas horas por dia em meditação, Deus meditará em você o resto do dia”.


Ao contrário do que diz a publicidade atual sobre yoga no Ocidente, a declaração de Bhajan não menciona nada sobre benefícios físicos – a yoga não foi criada para isso. O seu objetivo é fazer contato com “Deus”.

De fato, seu propósito é alcançar a percepção de que cada indivíduo praticante de yoga é deus. E adivinhem que autoridade governamental dá o seu aval entusiástico ao iogue Bhajan por fazer a iniciação de milhares de pessoas numa suposta divindade, através dessa corrente de yoga? O Congresso americano!

Antigamente, os EUA eram conhecidos como uma nação cristã. Mas hoje poderíamos muito bem dizer que este país é uma nação anticristã. Símbolos cristãos como a Cruz e os Dez Mandamentos não podem mais ser exibidos em lugares públicos. Entretanto, o Congresso Americano apoia e reverencia abertamente o Siquismo – para não falar do Islamismo, que os líderes políticos e religiosos vivem enaltecendo como uma “religião de paz” em compromissos oficiais.

Aparentemente, o fato de Jesus Cristo ter ressuscitado fisicamente (com confirmação de muitas testemunhas oculares), deixado para trás um túmulo vazio, e prometido retornar à terra corporalmente no futuro não é suficiente para que Ele receba exaltação pública por parte do governo americano.

Mas, porque o iogue Bhajan declarou: “Quando eu me for fisicamente, busquem-me espiritualmente. Vocês terão que se juntar para fazer isso”, ele de algum modo se qualifica para receber a honraria que é negada a Jesus.

Yoga pode ser só um exercício físico?

O fato de os não-cristãos praticarem yoga não causa nenhuma surpresa. Afinal, ela tem sido promovida no Ocidente como se fosse simplesmente uma série de exercícios de alongamento e respiração inteiramente físicos e benéficos para a saúde – servindo até mesmo para a cura do câncer, com testemunhos que supostamente comprovam sua eficácia. Entretanto, é inacreditável que cristãos que se dizem seguidores de Cristo e de Sua Palavra também se deixem levar pela onda do misticismo oriental.

A yoga foi criada com o objetivo de proporcionar ao praticante um meio de escapar deste mundo “irreal” do tempo e dos sentidos, e permitir que ele alcance o moksha, o céu hindu – ou que volte ao “Vazio” do Budismo.

A propaganda da yoga no Ocidente diz que seus exercícios respiratórios e de flexibilidade melhoram a saúde e ajudam a viver melhor – mas no Extremo Oriente, onde se originou, ela é considerada uma forma de morrer. Os iogues afirmam ter a capacidade de sobreviver quase sem oxigênio e de permanecerem imóveis por horas, livres da “ilusão” desta vida. Porém, os aspectos físicos da yoga, que atraem muitos ocidentais, foram de fato desenvolvidos e praticados com propósitos espirituais.

Embora seja bastante divulgado que a yoga vem de práticas ocultistas da China, Índia e Tibete, e que não foi criada para melhorar a saúde, mas sim para alcançar a natureza divina, as pessoas ainda acham que é possível praticá-la estritamente por razões de saúde, sem qualquer envolvimento religioso ou espiritual.

John Patrick Sullivan, que foi jogador de futebol americano e hoje é instrutor de yoga em Santa Bárbara, na Califórnia, diz: “Yoga não tem religião. Ela não está ligada ao Hinduísmo ou Budismo [...]”.[5] Mas essa opinião é desmentida pelos praticantes nativos da yoga e por todos os especialistas no assunto.

O psiquiatra suíço C. G. Jung, que era profundamente envolvido com o ocultismo e não era absolutamente cristão, foi um dos pioneiros na introdução da yoga no Ocidente, há 85 anos, dedicando-se à sua prática por toda a vida. Ele declarou de forma peremptória e enfática que o aspecto espiritual não pode ser tirado da yoga:

“Os numerosos procedimentos puramente físicos da yoga [unem] as partes do corpo [...] formando um todo com mente e espírito, como [...] nos exercícios de pranayama, onde prana é tanto a respiração quanto a dinâmica universal do cosmos [...] a exaltação do corpo se une à exaltação do espírito [...]. A prática da yoga é impensável, e seria também ineficaz, sem as idéias em que se baseia. Ela entrelaça o físico e o espiritual de uma forma extraordinariamente completa”.

O que Jung afirmou é dito de forma não menos explícita pelos sábios iogues do Oriente, onde esse sistema teve origem. Entretanto, a maioria dos instrutores de yoga do Ocidente continua negando esse fato. Portanto, a popularidade e a prática dessa técnica ocultista oriental, criada para unir o espírito do homem com o Espírito Universal (o deus principal do Hinduísmo, Brahma), continua a explodir no mundo ocidental. E essa expansão ocorre sob o disfarce de ser uma forma de exercício puramente físico, apesar da esmagadora quantidade de evidências em contrário.

O trecho a seguir foi tirado de um popular site sobre yoga, que procura explicar o que ela realmente é. Observe a contradição entre “o ensinamento científico [...] baseado na filosofia hindu”, a espiritualidade sem religião, e o ecumenismo do Hinduísmo, que tem um “espírito universal” supostamente compatível com todas as religiões:

“O que é yoga? Yoga significa, literalmente, união. É um ensinamento prático e científico que inclui um sistema de exercícios que visam a controlar o físico e a mente, além de proporcionar bem-estar, com o objetivo de realizar a união do espírito humano com o Espírito Universal. Yoga é uma religião? Não. Embora a yoga seja uma tradição indiana mais ou menos baseada na filosofia hindu, ela não pertence a nenhuma região ou religião em particular. Sua prática e técnicas científicas funcionam com a mesma eficácia independentemente da crença individual”.

Essas contradições irritantes não são consideradas importantes quando se trata de qualquer religião ou filosofia, exceto o Cristianismo. O verdadeiro Cristianismo bíblico é atacado de todos os lados, mas qualquer outra “fé” (inclusive qualquer “Cristianismo” falso e ecumênico) é aceita, não importam quão absurdas e contraditórias sejam suas doutrinas e práticas.

Veja o seguinte: “O coração de um verdadeiro hindu se comove com o Homem na cruz, que exclamou naquela hora: ”Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Um verdadeiro hindu tem toda a admiração pelo Profeta da Arábia [Maomé], que literalmente transformou um povo bárbaro numa sociedade de sólida moral. Mas ele não pode aceitar jamais os fanáticos intolerantes que tentam achincalhar a religião dos outros”.

Por mais irracional que seja, é compreensível que todas as religiões sejam aceitas pelo Hinduísmo e consideradas compatíveis umas com as outras e com a yoga, ainda que se contradigam mutuamente nos pontos mais fundamentais.

O Hinduísmo tem 300 milhões de deuses; o Islamismo afirma que Alá é “o único deus”; e o Budismo é basicamente ateu – contudo, todos são aceitos pelo iogue. Todas as grandes religiões dizem honrar o “Cristo”, mas todas negam as afirmações que Ele fez a respeito de si mesmo.

Os cristãos evangélicos são considerados “fanáticos intolerantes” porque crêem na declaração de Cristo: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6).

Em seu extremo cuidado de “exaltar” Jesus da mesma forma que qualquer outro “profeta”, os “verdadeiros hindus” rejeitam o que Ele realmente declarou na forma mais direta possível. Isso não é racional nem honesto!

Esse discurso ecumênico dissimulado chega a declarar que Jesus ensinava e praticava yoga. Não existe o menor traço de evidência histórica ou bíblica que corrobore essa afirmação absurda – mas isso não parece perturbar nem um pouco os entusiastas da yoga.

Os cristãos evangélicos são considerados “fanáticos intolerantes” porque crêem na declaração de Cristo: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6).

Na América “cristã”, as leis quase baniram completamente o Cristianismo dos debates públicos. Mas, ao mesmo tempo, todas as outras religiões são aceitas. Essa atitude quase universal não é só irracional, mas revela um profundo preconceito contra o Cristianismo, que exige uma explicação.

A frase de Shakespeare: “Penso que protestas demais”, certamente se aplica neste caso. Esse protesto universal – que às vezes se torna odioso, cruel e violento, e que ao longo dos séculos não só levou à crucificação de Cristo como também gerou literalmente milhões de mártires cristãos – não pode ser considerado de forma alguma uma reação casual. Tem que haver um propósito e algum poder por detrás dele!

No final da década de 1950 e início da década de 1960, os gurus hindus do Oriente, como o iogue Maharishi Mahesh, Baba Muktananda, Yogananda, iogue Bhajan, Vivekananda e muitos outros, ficaram muito felizes de saber que, através da popularização do uso das drogas psicodélicas, milhões de ocidentais estavam descobrindo uma realidade não-física cuja existência a ciência ocidental vinha negando por muito tempo.

Eles perceberam rapidamente que estava se abrindo no Ocidente um amplo mercado para suas doutrinas. Nascia o movimento da Nova Era. A yoga, antes praticada no Oriente somente por “homens santos”, tornou-se acessível às massas no Ocidente e logo se espalhou por toda parte, até mesmo dentro das igrejas e entre os evangélicos.

Campanha missionária? A maioria dos ocidentais não consegue pensar nesses iogues, swamis e lamas sorridentes, atenciosos e cheios de mesuras como missionários determinados a espalhar seu evangelho místico. É surpreendente que a maior organização missionária do mundo seja hindu e não cristã – Vishva Hindu Parishad (VHP), da Índia. É claro que a mídia e o mundo aceitam isso muito bem – só os missionários cristãos são desprezados e difamados.

Sim, os hindus lançaram a maior campanha missionária da história. Há quase trinta anos, em janeiro de 1979, no Segundo Congresso Mundial de Hinduísmo, patrocinado pela VHP em Allahabad, na Índia, um palestrante declarou aos quase 60.000 participantes vindos do mundo inteiro:

“Nossa missão no Ocidente foi coroada de estrondoso sucesso. O Hinduísmo está se tornando a religião dominante no mundo, e o fim do Cristianismo se aproxima”.

Por lei, não é permitida nenhuma atividade missionária cristã entre os hindus na Índia, mas os missionários hindus pregam sua doutrina agressivamente no Ocidente – e com grande sucesso. A maioria dos ocidentais não consegue pensar nesses iogues, swamis e lamas sorridentes, atenciosos e cheios de mesuras como missionários determinados a espalhar seu evangelho místico.

Os principais “centros propagadores dos princípios espirituais e práticas do Hinduísmo” no Ocidente são os cada vez mais numerosos locais que ensinam yoga. O interessante é que a Conferência Mundial Hindu de 1979 foi presidida pelo Dalai Lama, que pública e desonestamente proclama a tolerância a todas as religiões.

O Hinduísmo e o Budismo, que defendem práticas de yoga semelhantes, se infiltram na nossa sociedade, no governo e até nas escolas públicas como ciência, enquanto o Cristianismo é banido como religião. Mas será que o Dalai Lama pratica e difunde a yoga? Claro que sim!

A VHP tem sucursais no mundo inteiro. A organização guarda-chuva nos Estados Unidos chama-se Vishwa Hindu Parishad of America, Inc. Ela tem seu próprio site na Internet e desenvolve suas atividades missionárias em cooperação com vários gurus.

O “Homem-Deus” aclamado pelo mundo

De todos os gurus que vieram para o Ocidente, nenhum fez mais em prol da consolidação da credibilidade do misticismo oriental do que Tenzin Gyatso, o Dalai Lama, líder espiritual da Gelugpa do Tibete, ou seita Amarela, do ramo Mahayana do Budismo, que vive no exílio.

Ele alega ser a décima quarta reencarnação do primeiro Dalai Lama, um deus na terra com poder de introduzir outros em sua própria divindade. Aqui temos de novo o recorrente tema ocultista da deificação humana, repetindo a mentira da serpente no Jardim do Éden (“como Deus, sereis” – Gênesis 3.5) – e essa meta é o cerne da yoga, apesar de todas as alegações de que ela é uma prática não-religiosa.

O Dalai Lama promete aos iniciados que eles se tornarão Bodhisatvas (pequenos budas), percebendo sua divindade intrínseca e podendo criar sua própria realidade.

Em agosto de 1996, as elites de Hollywood, como o ator Richard Gere e o presidente da MGM, Mike Marcus, homenagearam o Dalai Lama num jantar em benefício da American Himalayan Foundation.

Os milhares de convidados contribuíram com cerca de 650.000 dólares. Harrison Ford fez a apresentação do deus autoproclamado. É claro que Shirley MacLaine estava lá (destoando um pouco), assim como Leonard Nimoy e muitas outras celebridades.

Um engodo de proporções mundiais

Como parte do mais maciço esforço missionário da história – com o propósito direto de destruir o Cristianismo – cada guru que veio para o Ocidente (Maharishi Mahesh, Bhagwan Shri Rajneesh, Baba Muktananda, etc.) foi enviado por seu próprio guru especificamente para converter pessoas a uma fé panteísta hindu/budista.

Yogananda, por exemplo, veio para disseminar os ensinamentos de seu guru espiritual, Sri Babaji. Maharishi foi enviado ao Ocidente por seu guru, Dev, e iniciou milhões de adeptos em sua forma de yoga, a Meditação Transcendental. No entanto, os missionários do Oriente sempre alegam que estão ensinando a ciência da yoga, princípios de saúde e estados de consciência mais elevados, não uma religião – e as pessoas acreditam nessa frase e os cobrem de homenagens.

Ninguém pode criticar legitimamente os que procuram convencer outras pessoas a aceitarem ideias que eles sinceramente acreditam serem verdadeiras. Porém, eles não podem mentir sobre a natureza e o propósito daquilo que apresentam, e é exatamente isso que os gurus orientais têm feito. A dimensão dessa fraude é tão gigantesca quanto seria se o Papa não se apresentasse como o chefe de uma igreja, e sim como o representante de um grupo de cientistas seculares.

A Índia expulsou os missionários estrangeiros pouco depois de obter sua independência. Porém, ao mesmo tempo, envia pelo mundo inteiro missionários que convertem milhões ao Hinduísmo e ao Budismo, mas afirmam tolerar todas as religiões e negam a natureza religiosa de sua missão.

O empenho da mídia em promover esse tipo de mentira fraudulenta deveria incomodar qualquer pessoa que procure ver as coisas de forma equilibrada. Porém, raramente se vê alguém esboçar qualquer reação de espanto ou surpresa, porque poucos conhecem os fatos ou se importam com eles.

Muitas críticas têm sido feitas, algumas com razão, aos missionários ocidentais que foram para a África, China, Índia e outros lugares levando o Evangelho de Jesus Cristo e tentaram ocidentalizar outras culturas. A ocidentalização de qualquer cultura não se justifica, e não tem nada a ver com o Cristianismo, visto que seu surgimento (de Abraão ao Apóstolo Paulo) ocorreu no Oriente Médio.

Mas, por uma questão de justiça, temos que perguntar por que os missionários budistas, hindus e muçulmanos, que têm introduzido agressivamente sua religião e seu estilo de vida num mundo ocidental que se deixa enganar, recebem pouca ou nenhuma crítica?

Se a disciplina que os mestres de yoga do Ocidente ensinam envolve somente exercícios de alongamento e respiração, como eles insistem em dizer, por que então eles não fazem sua divulgação como apenas isso? Por que eles insistem em chamá-la de “yoga”, se negam qualquer conexão com o que a yoga realmente é? Por que esse disfarce?

Arquivo na íntegra pode ser visualizado no link:
http://www.chamada.com.br/mensagens/yoga.html

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