27 de dez. de 2014

Seja abençoado

DISCIPULADO
Livro: O sermão do monte
3ª Aula

"E Jesus, vendo a multidão, subiu a um monte, e, assentando-se, aproximaram-se dele os seus discípulos; E, abrindo a sua boca, os ensinava, dizendo: Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus; Bem-aventurados os que choram, porque eles serão consolados". Mateus 5:1-4.

Na época em que João Batista foi lançado na prisão, Jesus atravessou a Galileia e começou a pregar a palavra de Deus nas sinagogas, curando, também, as enfermidades do povo. Seus feitos logo foram conhecidos nas regiões além do Jordão, atraindo multidões, cujos templos não comportavam.


Então, Jesus subiu num monte e começou a mostrar ao povo o caminho para o céu, o lugar que Deus tem reservado para os seus, sem deixar nenhum conselho de lado e, ao mesmo tempo, refutando os falsos ensinos e seus erros práticos, que acabariam brotando mais tarde na igreja cristã.

O discurso de Cristo não foi direcionado apenas aos apóstolos, mas para todos, inclusive para as gerações posteriores, até a nossa época. Ele falava com a unção do Espírito, descrevendo em linhas gerais a natureza da santidade. Jesus descreveu partes específicas disso em muitas outras ocasiões, mas nunca, exceto aqui, deu uma visão geral do todo. Não há mais nada desse tipo em toda a Bíblia.

Divisões do Sermão do Monte

O Sermão do Monte pode ser divido em três ramos principais:

Capítulo 5: Resumo de toda verdadeira religião, apresentado em oito itens que são explicados e protegidos contra qualquer mudança provocada pelos homens.

Capítulo 6: Regras para intenção correta que precisamos preservar em todos os nossos atos externos, não influenciados por desejos mundanos ou por preocupações com as necessidades da vida.

Capítulo 7: Advertências contra os principais obstáculos à verdadeira religião, terminando com uma aplicação do todo.

Alguns estudiosos acreditam que, no capítulo 5, Jesus desejava indicar vários estágios da verdadeira religião e depois os explica para evitar que os homens os interpretem de maneira errada, mostrando os passos que o cristão dá sucessivamente em sua jornada para o Reino de Deus. É verdade que o cristianismo real começa sempre pela pobreza em espírito e então progride até o homem de Deus se tornar perfeito, contudo não podemos afirmar essa teoria.

Bem-aventuranças

O termo “bem-aventurado” vem da palavra “makarious”, que é uma expressão para “aprovação de Deus” e não de “seja feliz”. Jesus promete a aprovação de Deus e não sentimentos de alegria.

“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus”. Mt. 5:3

Neste trecho, Jesus faz uma transição das coisas temporais para as espirituais, se referindo àqueles que, independente das posses materiais, são humildes, que se conhecem e reconhecem seus próprios pecados, quando Deus concede o primeiro arrependimento necessário para que a fé em Jesus possa existir.

Os pobres em espírito sabem de sua culpa (Rm. 3:9-31) e passam do estado de moralidade pagã para a convicção do pecado. A partir do momento que renuncia a si mesmo, o reino de Deus passa a habitar nele.

Sabendo do perdão de seu pecado mediante o sacrifício de Jesus na cruz do Calvário, o pobre em espírito é tomado por uma plena alegria e sente como se tivesse asas de águia. O amor de Deus toma o seu coração (sentimento que chamamos de primeiro amor) e vivencia momentos tremendos ao lado do Seu Senhor.

“Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”. Mt. 5:4

Mas Jesus sabia que a alegria do primeiro amor é um estágio que não dura para sempre. Por isso, ensinou imediatamente que os que choram serão consolados. O Senhor está se referindo aos que choram por Deus, àqueles que perderam a alegria espiritual que tiveram um dia.

As tribulações vieram e começaram a formar dúvidas a respeito do amor de Deus. Por um instante parece que o Senhor não enxerga o seu problema, a sua dor. De maneira que o cristão chora pela falta da presença de Deus. O pecado ressurge e os problemas e as cargas tomam conta do seu coração. Felizmente, Jesus promete consolo para a alma angustiada (Rm. 8:35-39 / Jo. 16:20-22).

Para meditar

Busque a salvação divina para poder ser salvo de todas as ondas e tempestades da vida, para o céu onde Deus deseja que você esteja. Busque-o agora, em pobreza de espírito, até o Senhor enxugar as lágrimas dos seus olhos. Será aquele dia em que o conhecimento de Deus cobrirá a terra como as águas cobrem o mar.

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